quinta-feira, 31 de julho de 2008

"Os Caras" e a caçada


ZARATUSTRA

Assim falei aos quatro ventos. No tempo em que meus pés descalços atravessaram o rio da razão:
- É tempo de caçada!
A serpente ficou na caverna levo a águia e meu alforje. Meus bastão está na outra margem e quando voltar estarei mais forte e ele se moldará em minhas mãos.
São tempos de trazer à luz os enigmas que os incautos se recusam decifrar. São tempos de dor e ranger de dentes para os fracos e despreparados.
D'outro lado não existe Creonte, nem Cerbero, nem mito algum.
- É tempo de caçar e somente eu poderei correr as armadilhas.

terça-feira, 29 de julho de 2008

"Os Caras" e a mesma estrada.


"...Eu já estou com o Pé nessa estrada..."

Na realidade faz 13 anos que estou nessa estrada, mas hoje tem um significado diferente. Hoje estarei discurtinando um novo horizonte, com mais possibilidades e com mais perspectivas. O prisma de luz se fará presente e zilhões de arcos-íris se apresentarão atrás de cada montanha, após cada curva.
É nessa estrada que o super-homem aparecerá.
Nela a Vontade de Poder se instalará.
O alvo continua sendo o mesmo, apenas a caminhada agora tem outro sabor, outro perfume.
Para trás ficou o que tinha que ficar.
À frente e avante!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

"Os Caras" e a Queda dos Anjos


A Queda dos Anjos - Bruegel

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"Os Caras" e Gonzaguinha - Nunca pare de sonhar

"Os Caras" me disseram que Gonzaguinha partiu antes do combinado.

terça-feira, 22 de julho de 2008

"Os Caras" e Herman Hesse II


O Lobo da estepe é um romance que narra a desintegração da personalidade num homem maduro, ou quiçá o fracasso ou a resignação ante a impossibilidade de formação de uma personalidade coesa e sólida na voragem de um tempo de transmutação de valores, de fragmentação e velocidade. Haller vive entre as trevas e a luz, o sensual e o espiritual, o moderno e a tradição, o profano e o sagrado, numa interminável e aguda crise. Não é feliz. A certa altura, no clímax de uma sensual festa de máscaras, imerso na multidão, já desfigurado, sem passado, sem face, sem personalidade, sente seu ego, sua individualidade dissolvida na unio mystica da alegria. Harry Haller experimenta uma espécie de transcendência espiritual às avessas.
O livro parece deixar uma conclusão pessimista quanto à possibilidade de formação da unidade pessoal. Mas Hesse, em nota de 1961 para uma reedição do romance, diz que não descarta no romance a esperança oculta de uma síntese transcendente, que integre o santo e o libertino, o que parece estar prefigurado na demonstração da unidade oculta das mil almas no capítulo final da obra.

"Os Caras" e Maysa

Meu Mundo Caiu
Composição: Maysa
Interpretação: Banda 99 macacos

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

"Os Caras" e Chico Buaque - Joana Francesa - Jeanne Moreau

A narração inicial é de Paulo José. Assista até o final.
Arte pura!

"Os Caras" e Carlinhos Brasil - Lealdade

Serei leal contigo...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

"Os Caras" e Milton Nascimento - Caçador de Mim

Caçador de Mim
Milton Nascimento
Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão

Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim


"...que perguntar carece:
- Como não fui eu quem fiz."

quarta-feira, 16 de julho de 2008

"Os Caras" e o Punhal


"TU QUOQUE CEASAR"

Poucos entenderão a inversão do fato histórico.
Mas em 30 de junho de 2008, Cesar apunhalou Brutus pelas costas.

VERÔNICA SABINO - Todo Sentimento - Live!

Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e C. Bastos

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.

"Os Caras" e Carlinhos Brasil

Carlinhos Brasil dispensa qualquer comentário. Sou suspeito para falar da pessoa e do artista. Quem tem o prazer de desfrutar da amizade ou de conviver com ele é com certeza um privilegiado. Chego a dizer que Carlinhos Brasil canta Caetano Veloso melhor que Caetano Veloso. É isso!

"Os Caras" e as visitas noturnas


Sei que na penumbra de meu quarto caminhas todas as noites a observar meu sono. Silenciosa, taciturna, louca para se estender em meus lençóis, roçar teu pé no meu, dormir de "conchinha". Sei, mesmo no mais pesado dos sonos, que escutas meu respirar, penetras no meu sonhar e se divertes com meu sexo. Sei-te toda, em partes e em mistérios. Fostes presença constante em passado remoto e agora anseias em retornar ao que era teu. Façamos assim. Sigas me observando. Passe teus longos dedos pelos meus cabelos e saibas que teu termo está chegando.

terça-feira, 15 de julho de 2008

"Os Caras" e Rembrandt


Rembrandt

15/7/1606, Leiden, Holanda
4/10/1669, Amsterdã, Holanda


Em 1642, o pintor Rembrandt entregou uma obra que pintara sob encomenda. Era a chamada "A Ronda Noturna" (que, hoje se sabe, não era ronda nem noturna.). O cliente a rejeitou, acusando o artista de "não ter pintado seu retrato", de ter representado "o cenário de uma ópera bufa" e de ter cobrado um preço "muito alto". Nos debates que se seguiram, o pintor foi enfim acusado de "pintar só o que queria". Talvez por isso, Rembrandt tornou-se um dos mais importantes nomes da história da arte ocidental.

Embora de família humilde, Rembrandt van Rijn recebeu boa instrução. Freqüentou a Universidade de Leiden, mas em 1620 interrompeu os estudos para dedicar-se à pintura. No ano seguinte, foi aprender as técnicas de Jacob van Swanenburg no ateliê desse pintor.

Em 1623, transferiu-se para Amsterdã, tornando-se discípulo de Pieter Lastman. Dois anos depois, pintou seu primeiro quadro conhecido. Voltou para Leiden em 1627, permanecendo quatro anos. Ali, instalou seu primeiro ateliê, iniciando intensa atividade artística. Dessa época datam várias águas-fortes.

Em 1631, estabeleceu-se definitivamente em Amsterdã, obtendo rapidamente grande reconhecimento. No ano seguinte, pintou a famosa "Lição de Anatomia do Dr. Tulp", que lhe rendeu muitas encomendas de retratos e pinturas sacras.

Já famoso, Rembrandt casou em 1634 com Saskia Uylenburgh (com quem teria um filho, Titus). O casal foi morar numa casa confortável no bairro judeu de Amsterdã. O lugar tornou-se centro de reuniões sociais, abrigando um belo acervo de móveis e objetos antigos. Rembrandt passou a ter muitos alunos e muitos clientes ricos.

Saskia morreu em 1642. Três anos depois, Hendryckje Stoffels começou a trabalhar como babá de Titus e foi morar com Rembrandt, tornando-se sua companheira. Em 1654, Rembrandt teve com ela uma filha ilegítima, a quem deu o nome Cornelia. O fato causou grande escândalo.

Em 1656, após uma série de problemas nos negócios, Rembrandt teve a falência decretada. Dois anos depois, todos os seus bens foram vendidos judicialmente. Num desses leilões, arrematou-se o "Auto-Retrato de Barba Nascente", hoje no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Em 1660, Titus e Hendryckje abriram uma empresa para comercializar as obras do pintor, evitando o prosseguimento da falência. Em 1663, Rembrandt perdeu a companheira. Mesmo sozinho, continuou executando várias obras, entre elas paisagens e auto-retratos. Pintou também retratos de Titus; num deles (o quadro "São Mateus e o Anjo", que está no Museu do Louvre), o filho aparece como Mateus.

Titus morreu em 1668. Rembrandt pintou ainda um último "Auto-Retrato", uma composição dramática. Rembrandt van Rijn morreu aos 63 anos, na solidão e na miséria.
>

"Os Caras" e Minha Linda


Não se entristeça minha Linda
nessa vida tudo é passageiro
(menos o motorista e o cobrador)
Uma batalha já foi vencida,
renhida, difícil mas já passou.
Descanse a espada,
melhore esse olhar,
eu estou contigo.
Eles virão novamente minha Linda.
Combateremos lado a lado
e se os vencermos,
prosseguiremos,
se não vencermos,
prosseguiremos do mesmo modo.

Apenas não se entristeça!

terça-feira, 8 de julho de 2008

"Os Caras" e Juliana Rosso Frediano


Juliana
Antônio Adolfo

Num fim de tarde, meio de dezembro
Ainda me lembro e posso até contar
O sol caia dentro do horizonte
Juliana viu o amor chegar

A lua nova perto da ribeira
Trançava esteiras sobre os araças
Entrando em relva seu corpo moreno
Juliana viu o amor chegar

Botão de rosa perfumosa e linda
tão menina ainda a desabrochar
Pelos canteiros do amor primeiro
foi chegada a hora do seu despertar

E a poesia então fez moradia
na roseira vida que se abria em par
Entre suspiros junto à ribeira
Juliana viu o amor chegar

E Juliana então se fez mulher
E Juliana viu o amor chegar

"Os Caras" e Barbara Mar Rosso Frediano


Bárbara
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque - Ruy Guerra

Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor, vem me buscar

O meu destino é caminhar assim
Desesperada e nua
Sabendo que no fim da noite serei tua
Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva
Acumulando de prazeres teu leito de viúva

Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor vem me buscar

Vamos ceder enfim à tentação
Das nossas bocas cruas
E mergulhar no poço escuro de nós duas
Vamos viver agonizando uma paixão vadia
Maravilhosa e transbordante, como uma hemorragia

Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor vem me buscar
Bárbara

terça-feira, 1 de julho de 2008

"Os Caras" e a Cara



"EU APRENDI, QUE TUDO O QUE PRECISAMOS , É DE UMA MÃO PARA SEGURAR E UM CORAÇÃO PARA NOS ENTENDER"

Shakespeare

"Os Caras" e o Grande "N"


Quando me vendaram os olhos
eu já sabia que vinha surpresa.
Mas sinceramente não esperava tanto.
Escolheram a planície de Maratona,
bem no estreito de Dardanelos,
meu local preferido para reflexões.

O dia era lindo,
Como se Zeus o presenteasse.
O ar que soprava inspirava canções.

Quando pude ver a extenção da obra, chorei.
Nem o Colosso de Rhodes representava tanto.
Lá estava minha inicial.
Esculpida, moldada, forjada.

Como a dizer: Você pode!

"Os Caras" e Os Cavalos do Apocalipe


ONDE ESTÃO OS CAVALEIROS?

Peste foi a primeira a se debandar
ouvira falar de uma cura, uma vacina
um unguento, não quiz arriscar.

Guerra seguiu-a pois batalhar com "Os Caras"
inútil seria e burrice também
não quiz perder mais uma batalha.

Fome ausentou-se "a francesa"
ninguém viu, ouviu ou percebeu
Os campos já estavam verdes.

Morte foi a última, resistiu
o quanto pode, mas não pode,
pois sua foice foi-se.

"Os Caras" a Loura e os Falsos Caras


No princípio tentaram enganá-la
Mostraram quantidade, força, armas.
Com seu olhar desconfiado
ela os acompanhou até o campo de batalha.
Eles pareciam inquietos, nervosos, ansiosos,
ela taciturna, serena e de espada em mãos.

Tive dó do que ocorreu.
Os abutres se alimentarão pelo resto da vida.
Não mais inimigos em quantidade (qualidade nenhuma).

Agora ela passeia sobre os despojos.
Sabendo que "Os Caras" a consideram.