terça-feira, 1 de julho de 2008

"Os Caras" e a Cara



"EU APRENDI, QUE TUDO O QUE PRECISAMOS , É DE UMA MÃO PARA SEGURAR E UM CORAÇÃO PARA NOS ENTENDER"

Shakespeare

"Os Caras" e o Grande "N"


Quando me vendaram os olhos
eu já sabia que vinha surpresa.
Mas sinceramente não esperava tanto.
Escolheram a planície de Maratona,
bem no estreito de Dardanelos,
meu local preferido para reflexões.

O dia era lindo,
Como se Zeus o presenteasse.
O ar que soprava inspirava canções.

Quando pude ver a extenção da obra, chorei.
Nem o Colosso de Rhodes representava tanto.
Lá estava minha inicial.
Esculpida, moldada, forjada.

Como a dizer: Você pode!

"Os Caras" e Os Cavalos do Apocalipe


ONDE ESTÃO OS CAVALEIROS?

Peste foi a primeira a se debandar
ouvira falar de uma cura, uma vacina
um unguento, não quiz arriscar.

Guerra seguiu-a pois batalhar com "Os Caras"
inútil seria e burrice também
não quiz perder mais uma batalha.

Fome ausentou-se "a francesa"
ninguém viu, ouviu ou percebeu
Os campos já estavam verdes.

Morte foi a última, resistiu
o quanto pode, mas não pode,
pois sua foice foi-se.

"Os Caras" a Loura e os Falsos Caras


No princípio tentaram enganá-la
Mostraram quantidade, força, armas.
Com seu olhar desconfiado
ela os acompanhou até o campo de batalha.
Eles pareciam inquietos, nervosos, ansiosos,
ela taciturna, serena e de espada em mãos.

Tive dó do que ocorreu.
Os abutres se alimentarão pelo resto da vida.
Não mais inimigos em quantidade (qualidade nenhuma).

Agora ela passeia sobre os despojos.
Sabendo que "Os Caras" a consideram.