terça-feira, 13 de maio de 2008

"Os Caras" e Rainer Maria Rilke

Canção de Amor

Rainer Maria
Rilke

Como hei-de segurar a minha alma

para que não toque na tua?

Como hei-de

elevá-la acima de ti, até outras coisas?

Ah, como gostaria de levá-la

até um sítio perdido na escuridão

até um lugar estranho e silencioso

que não se agita, quando o teu coração treme.

Pois o que nos toca, a ti e a mim,

isso nos une, como um arco de violino

que de duas cordas solta uma só nota.

A que instrumento estamos atados?

E que violinista nos tem em suas mãos?

Oh, doce canção.

"Os Caras" e Arstateia

Ela saiu ontem de sua casa e deve chegar aqui amanhã.
Traz seu cajado de execução e Lupus, nosso lobo.
"Os Caras" já a conhecem e sabem de seus poderes.
Eu já estou no ritual de preparação.
Durmo muito. Como bastante.
Drogas e alcool não.
Ela saiu ontem e desde ontem estou em catalepsia.
Virá pela estrada de tijolos amarelos ou
Talvez escolha a trilha da floresta.
Sei que seu propósito é me resgatar.
Chegará pela manhã e trará aquelas palavras que me faltam.
Anseio por vê-la.
Tocá-la.
Amá-la.
É uma das minhas últimas esperanças.
Ela saiu ontem...

"Os Caras" e a realização de desejos III


E não é que tivemos uma terceira noite.
-Eu falo e "Os Caras" não acreditam.
Está certo que chegou uma hora que tive que expulsá-la.
Eu queria dormir e ela não deixava.
Muito engraçadinha a Moça.
Vamos agora combinar a próxima.
Ainda não entendi um monte de coisas.
Mas seguirei como Indiana Jones.