quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

"Os Caras" e Baudelaire



O ALBATROZ

Às vezes, por prazer, os homens da equipagem
Pegam um albatroz, imensa ave dos mares,
Que acompanha, indolente parceiro de viagem,
O navio a singrar por glaucos patamares.

Tão logo o estendem sobre as tábuas do convés,
O monarca do azul, canhestro e envergonhado,
Deixa pender, qual par de remos junto aos pés,
As asas em que fulge um branco imaculado.

Antes tão belo, como é feio na desgraça
Esse viajante agora flácido e acanhado!
Um, com cachimbo, lhe enche o bico de fumaça,
Outro, a coxear, imita o enfermo outrora alado!

O Poeta se compara ao príncipe da altura
Que enfrenta os vendavais e ri da seta no ar;
Exilado ao chão, em meio à turba obscura,
As asas de gigante impedem-no de andar.

3 comentários:

Anônimo disse...

felicidade,felicidade...............
vê-lo assim!

Elisabete Cunha disse...

nelson

sinto muita alegria em vê-lo produtivo e alegre!

Fui internada e foi constatado que tenho um transtorno de badulaire ou limitrofe.

estou me recuperando...

beijo

Anônimo disse...

FORÇA!


BJ