segunda-feira, 31 de março de 2008

"Os Caras" e as orelhas furadas.



Preciso pedir desculpas.

Depois reparar o erro.

Naquela noite,

Perdi um de seus brincos.

Sei que você diz não ter importância.

Mas para mim é importante demais.

Ademais, verei um brinco,

escolhido por mim,

enfeitando as suas orelhas.

Aguarde que um novo par está chegando.

Espero que goste.

domingo, 30 de março de 2008

"Os Caras" e seus motivos.

Por que tatuaria um cavalo-marinho?
Talvez pelo tamanho.
Pela cor.
Pela transferência da gravidez.
Feita foi,
na lateral da panturrilha
e lá está.
De vestido vai ficar bela!

"Os Caras" e o cantar.


Cantan los pájaros, cantan sin saber lo que cantan: Todo su entendimiento es su garganta.
Octávio Paz

"Os Caras" e a realização de desejos.

Eu sempre te via
quando ias, pelas vias,
usando aquele seu uniforme.
Bermudas, camisetas, tênis
e cabelos presos.
Te imaginava diferente.
Pretinho básico,
Salto alto,
Cabelos soltos.
Maquiada (bem pouco).
Conversei com "Os Caras"
e disseram que dariam um jeito.
Acho que te verei,
por uma noite inteira,
vestida para matar.

"Os Caras" e as ruas.

Pra Rua Me Levar
Ana Carolina

Composição: Ana Carolina / Totonho Villeroy

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você
É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

"Os Caras" Ana Carolina e Seu Jorge



É Isso Aí


Ana Carolina


Composição: Damien Rice (vers.: Ana Carolina / N. Siqueira)


É isso aí

Como a gente achou que ia ser

A vida tão simples é boa

Quase sempre



É isso aí

Os passos vão pelas ruas

Ninguém reparou na lua

A vida sempre continua



Eu não sei parar de te olhar

Eu não sei parar de te olhar

Não vou parar de te olhar

Eu não me canso de olhar

Não sei pararDe te olhar



É isso aí

Há quem acredite em milagres

Há quem cometa maldades

Há quem não saiba dizer a verdade



É isso aí

Um vendedor de flores

Ensinar seus filhos a escolher seus amores



Eu não sei parar de te olhar

Eu não sei parar de te olhar

Não vou parar de te olhar

Eu não me canso de olhar

Não vou parar de te olhar

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Os Caras" e Minha Negra Chamada Tereza


Black is Beautiful


Composição: Marcos Valle/Paulo Sergio Valle.

Hoje cedo, na rua Do Ouvidor
Quantas brancas horríveis eu vi
Eu quero uma mulher de cor
Uma deusa negra do Congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Black is beautiful, black is beautiful
Black beauty so peaceful
I wanna a black I wanna a beautiful
Hoje a noite amante negra eu vou
Vou enfeitar o meu corpo no seu
Eu quero esta mulher de cor
Uma deusa negra do congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Black is beautiful, black is beautiful
Black beauty so peaceful
I wanna a black I wanna a beautiful

"Os Caras" e Manuel Bandeira

Vou-me Embora pra Pasárgada.

Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei
—Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

"Os Caras" e Louis Armstrong


As Time Goes By.
(Herman Hupfeld)Coming Around Again (1987).
You must remember this
A kiss is still a kiss
A sigh is just a sigh
The fundamental things apply
As time goes by
And when two lovers woo
They still say I love you
On that you can rely
The world will always welcome lovers
As time goes by
Moonlight and lovesongs never out of date
Hearts full of passion, jealousy and hate
Woman needs man
And man must have his mate
That no one can deny
It's still the same old story
The fight for love and glory
A case of do or die
The world will always welcome lovers
As time goes by.

segunda-feira, 24 de março de 2008

"Os Caras" e Fernando Pessoa


Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado pancada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão - príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?
Então só eu que sou vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil,
literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa)

domingo, 23 de março de 2008


Quando conjecturei que Paula tinha alguma ligação com "Os Caras" fiquei apreensivo. Afinal foi ela quem me viciou em café e em cavalgar os cavalos do pai dela. (Coisas que achei nunca ocorreriam em minha vida). Depois descobri que Paulinha tem o mesmo hobby que eu: estudar "Os Caras". Então ficamos amigos.

domingo, 2 de março de 2008

"Os Caras" e o meu domingo.



Sinceridade?

"Os Caras" que se fodam!!!!!!!!

Hoje é domingo e vou descansar. Afinal eu mereço.

Não é Paulinha?